Lava vulcânica: Um ancestral comum no manto da Terra
Um novo olhar sobre a origem da lava vulcânica
O manto: um “shake” de rochas
A ciência da geologia recebeu uma reviravolta surpreendente: pesquisadores da Universidade de Columbia descobriram que a lava vulcânica presente em todo o mundo pode ter se originado de um único magma ancestral, localizado no manto terrestre. Este magma ancestral, preservado na camada média da Terra, seria mais uniforme do que se pensava anteriormente. As diferenças na composição da lava, então, seriam resultado da jornada até a superfície.
Essa descoberta desafia a visão tradicional de que o manto seria uma “sopa” de composições rochosas diversas. Novas pesquisas sugerem que ele se assemelha mais a um “shake” de frutas, com uma composição relativamente homogênea em sua extensão.
Desvendando o manto e o magma ancestral
Pluma vulcânica: a chave para o mistério
O estudo analisou centros de atividade vulcânica, também chamados de plumas ascendentes. Essas plumas representam o caminho percorrido pelo magma do manto até a superfície, através de vulcões. Locais com alta atividade vulcânica, como a Islândia, o Havaí e Samoa, possuem suas próprias “variedades” de lava, com elementos específicos. Acreditava-se que o manto continha vários reservatórios distintos de rocha, cada um com sua composição única. No entanto, as novas descobertas desafiam essa hipótese.
Modelos gerados a partir do estudo demonstraram que o manto mistura as rochas de forma eficiente. O magma se formaria com uma composição relativamente uniforme nas profundezas e se diferenciaria durante sua ascensão, resultando em diferentes tipos de lava na superfície.
Elementos reveladores: a história da lava
Embora o manto inferior não possa ser observado diretamente, a assinatura química de cada centro de atividade vulcânica fornece pistas sobre sua história. Três elementos chave – níquel, nióbio e cromo – revelam a idade e a jornada da lava. Cada elemento se comporta de maneira diferente ao longo da ascensão da lava, permitindo aos cientistas rastrear as mudanças na sua composição.
Analisando as proporções desses elementos, os pesquisadores descobriram que a lava de diferentes regiões apresenta tendências elementais semelhantes. Essa constatação sugere que as diferenças na composição da lava não se originam de locais distintos no manto, mas sim das mudanças que a lava sofre durante sua jornada, em contato com as rochas do manto superior e da crosta terrestre.
O manto profundo: um mistério persistente
Apesar das novas descobertas, o manto profundo ainda guarda mistérios. Alguns especialistas acreditam que as estruturas estranhas próximas ao núcleo terrestre sejam rochas espaciais antigas. Outros acreditam que sejam pedaços da crosta antiga da Terra, levados pela subducção das placas tectônicas. Pesquisas futuras podem desvendar esses enigmas e revelar mais segredos sobre a dinâmica do interior da Terra.
Esta descoberta representa um passo significativo na compreensão da origem e evolução da lava vulcânica. A pesquisa também oferece novas perspectivas sobre a estrutura e a composição do manto terrestre, um dos elementos mais importantes do nosso planeta.
Para saber mais sobre este estudo e as implicações para a geologia, acesse a publicação original na revista Nature Geoscience.
Fonte da Notícia: https://canaltech.com.br/meio-ambiente/lava-de-vulcoes-do-mundo-todo-pode-surgir-do-mesmo-ancestral-do-magma/
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