Alerta Em Belo Horizonte: Três Casos Confirmados De ‘Superfungo’ Fatal

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Alerta em Belo Horizonte: Três Casos Confirmados de ‘Superfungo’ Fatal

Hospital João XXIII Enfrenta Surto de Candida auris, Fungo Resistente a Medicamentos

Casos Confirmados e Investigação em Andamento

O Hospital João XXIII, localizado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, registrou três casos confirmados de infecção pelo fungo Candida auris, conhecido como “superfungo” devido à sua alta resistência a medicamentos. Outros 22 casos suspeitos estão sob investigação na unidade.

O que é o Candida auris?

Identificado pela primeira vez em 2009 no ouvido de uma mulher japonesa, o Candida auris é um fungo emergente que se tornou um desafio para a saúde pública. Sua resistência a quase todos os antifúngicos existentes o classifica como um “superfungo”, com potencial para causar infecções graves e até mesmo fatais.

Situação dos Pacientes Infectados

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), dois dos três pacientes infectados pelo Candida auris já receberam alta, em 20 de setembro e 2 de outubro, respectivamente. O terceiro paciente permanece internado. Os 22 casos suspeitos estão sendo monitorados e ainda não apresentam sintomas.

Medidas de Prevenção e Controle

O Hospital João XXIII implementou medidas rigorosas de controle e manejo para proteger pacientes e profissionais da unidade, incluindo a higienização constante das mãos, precauções de contato (uso de luvas e aventais) para casos suspeitos e testes para detectar novas infecções.

Histórico de Infecções no Brasil

A primeira infecção por Candida auris no Brasil foi registrada em 2020, em um hospital de Salvador, Bahia. Esse caso inaugurou um surto com 15 infecções, resultando em duas mortes. A partir de 2021, o estado de Minas Gerais passou a monitorar casos suspeitos do fungo, notificando 129 casos até o momento, sendo três confirmados.

Riscos do Candida auris para a Saúde Pública

  • Formação de biofilmes resistentes a antifúngicos.
  • Resistência a medicamentos comumente usados para tratar infecções por fungos do gênero Candida.
  • Capacidade de causar infecção de corrente sanguínea e outras infecções invasivas, com risco de morte, principalmente para pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades.
  • Persistência no ambiente por longos períodos (semanas ou meses), resistindo a diversos desinfetantes.
  • Propensão a causar surtos devido à dificuldade de identificação rápida e eliminação do ambiente contaminado.

A detecção do Candida auris no Hospital João XXIII exige atenção redobrada para prevenir a disseminação do fungo. É crucial que os profissionais de saúde sigam rigorosamente os protocolos de segurança e que as autoridades de saúde pública intensifiquem as ações de vigilância e controle para evitar a propagação dessa ameaça à saúde.

Fonte da Notícia: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2024/10/15/belo-horizonte-tem-tres-casos-confirmados-de-superfungo-que-pode-ser-fatal-entenda.ghtml

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Jonathas Oliveira
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