Chuvas Intensas em Minas Gerais: Desastre Iminente Após Seca Histórica
O ‘Descontrole’ Climático e o Risco de Desastres em Minas Gerais
Chuvas Desreguladas e o Impacto do Aquecimento Global
Após a maior seca dos últimos 40 anos, Minas Gerais enfrenta chuvas intensas e desreguladas, um reflexo do acelerado processo de mudanças climáticas. A ambientalista Jeanine Oliveira alerta que a dualidade do calor extremo seguido de tempestades é uma realidade para os mineiros, resultado do mesmo aquecimento dos oceanos que impulsiona o furacão Milton nos Estados Unidos e outros ciclones no Atlântico Norte.
De acordo com Oliveira, o “descontrole” climático na América do Norte se replica no Brasil com um atraso semestral, impactando o país com as mesmas características: aumento da temperatura, seca e incêndios florestais. O furacão Milton, por exemplo, foi originado pelo recorde de calor nas águas do Golfo do México, e parte de sua energia se desloca até a Cordilheira dos Andes, atingindo o Brasil. As chuvas que chegaram ao estado são um efeito direto dessa instabilidade climática.
Minas Gerais: No Olho do Furacão do Calor
Minas Gerais foi o estado mais afetado pelo aquecimento urbano no ano passado, o ano mais quente da história do Brasil, com 19 das 20 cidades com maiores aumentos de temperatura. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontou Belo Horizonte como a capital que mais “esquentou”, registrando uma elevação de 4,23°C em novembro de 2023 em relação à média histórica.
Chuvas Intensas e Perigo de Deslizamentos
O clima desregulado contribui para o aumento da seca e para precipitações mais intensas e rápidas. Claudemir Azevedo, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explica que o aquecimento provoca nuvens de tempestades, que podem gerar granizo. As chuvas que chegaram ao estado iniciam o período chuvoso e são impulsionadas pela circulação intensa dos ventos.
Azevedo destaca o Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Oeste e Noroeste do estado como regiões de alto risco para chuvas intensas. A previsão inicial é de pancadas fortes em um curto período de tempo, seguidas de chuvas contínuas por três dias em novembro e dezembro.
Solo Queimado Agrava Riscos de Desastres
O Risco de Deslizamentos em Áreas Degradadas
Minas Gerais possui mais de 580 mil pessoas vivendo em áreas de risco geológico, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB). Em Belo Horizonte, a região do Barreiro já está em alerta de “risco geológico forte” após dois dias consecutivos de chuva. A Defesa Civil Municipal recomenda atenção à saturação do solo, sinais construtivos e cuidados com quedas de muros, deslizamentos e desabamentos.
Jeanine Oliveira destaca a fragilidade do solo após os incêndios florestais que devastaram o estado. As queimadas em Unidades de Conservação (UC) e nas vegetações urbanas deixaram o solo desprotegido, aumentando o risco de deslizamentos e alagamentos. A água da chuva, sem ser absorvida pelas raízes das plantas, escorre rapidamente, acumulando-se nos fundos dos vales e intensificando as enchentes.
A situação exige medidas urgentes para minimizar os impactos dos desastres naturais. É crucial investir em políticas públicas de prevenção, monitoramento e resposta a desastres, além de ações de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.
Para mais informações sobre os riscos e medidas de segurança durante o período chuvoso, consulte os sites da Defesa Civil Municipal e Estadual.
Fonte da Notícia: https://www.otempo.com.br/cidades/2024/10/11/chuva-em-mg-e-efeito-do–descontrole–climatico-que-causa-o-milt
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