Eleições 2024 em São Paulo: Debate do Segundo Turno Foca no Apagão e em Ataques Pessoais
Confronto Acesa Entre Nunes e Boulos na Band
Apagão como Ponto Central do Debate
O primeiro debate do segundo turno para a Prefeitura de São Paulo, realizado pela Band na noite de segunda-feira (14/10/2024), teve como tema central o apagão que atingiu a capital e a região metropolitana após um forte temporal na sexta-feira. Os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) discutiram a responsabilidade pela crise energética, com ambos prometendo a rescisão do contrato com a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia na cidade.
Boulos responsabilizou tanto a Enel pela qualidade do serviço quanto Nunes por falta de planejamento e investimento em infraestrutura. O candidato do PSOL defendeu a necessidade de ações como a poda de árvores, o uso de tecnologia para monitoramento e a melhoria do atendimento ao cidadão. Nunes, por sua vez, criticou a inércia do governo federal em relação à Enel, questionando a presença do ministro de Minas e Energia na Europa, em negociações com a empresa, enquanto a cidade enfrentava o apagão. O ministro Alexandre Silveira, em resposta, acusou Nunes de propagar “fake news” sobre o assunto.
Ataques Pessoais e Investigações
No segundo bloco do debate, os ânimos se exaltaram com a troca de acusações entre os candidatos. Boulos questionou Nunes sobre a investigação da Polícia Federal sobre a “máfia das creches”, que envolve a gestão municipal, e o prefeito, por sua vez, indagou sobre a investigação da rachadinha do deputado Alessandro Janones (Avante), em que Boulos foi o relator na Câmara dos Deputados. Nunes também mencionou uma reportagem do UOL que aponta o ex-cunhado do líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcola, como chefe de gabinete na Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras.
Momento de Leveza e Abordagem das Biografias
Após o embate acalorado, Boulos e Nunes protagonizaram um momento de leveza ao se abraçarem após o prefeito tossir durante sua fala. O abraço foi interpretado por Boulos como um sinal de tensão e insegurança por parte de Nunes, enquanto o prefeito afirmou que o deputado utilizou uma “tática de intimidação”.
No terceiro bloco, a discussão sobre o apagão e os ataques pessoais deram lugar à apresentação das biografias dos candidatos e de seus vices. Boulos, insistindo na questão da transparência, pediu a Nunes que abrisse o sigilo bancário, enquanto o prefeito respondeu que não tem nada a esconder e que tem uma “vida absolutamente limpa”.
A participação dos vices também teve destaque. Marta Suplicy (PT), vice de Boulos, foi mencionada pelo candidato como símbolo de experiência e de um legado positivo na cidade, enquanto Nunes, ao falar sobre o Coronel Melo Araújo (PL), seu vice, destacou o histórico de serviços prestados à Polícia Militar, incluindo a Medalha Cruz de Sangue por ter sido alvejado em uma ação com reféns.
Considerações Finais e Chamadas ao Voto
Nas considerações finais, Nunes reforçou sua experiência na gestão pública e apresentou um resumo de suas propostas para a cidade, enquanto Boulos criticou o “medo da mudança” promovido pela campanha adversária e defendeu a necessidade de renovação na política paulistana. Ambos finalizaram seus discursos com um apelo ao voto.
O debate da Band mostrou a polarização entre os candidatos e o foco nas questões que mais mobilizam o eleitorado paulistano neste segundo turno. O apagão, as acusações de corrupção e a busca por segurança pública foram os temas mais explorados durante o confronto, evidenciando o peso que essas questões têm na disputa pela Prefeitura de São Paulo. As informações mais detalhadas sobre o debate e as pesquisas eleitorais podem ser encontradas no site do G1.
Fonte da Notícia: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/eleicoes/2024/noticia/2024/10/14/apagao-em-sp-toma-conta-do-1o-debate-do-segundo-turno.ghtml
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