Enterro de Vítimas do Acidente de Helicóptero do Corpo de Bombeiros Emociona Belo Horizonte

Homenagens e Despedidas Marcam Sepultamento de Seis Profissionais

Cerimônia Emocionante Reúne Familiares, Amigos e Colegas

Em uma cerimônia emocionante, marcada por homenagens e reverências, os quatro militares do Corpo de Bombeiros, o médico e o enfermeiro vítimas da queda do helicóptero Arcanjo 04 foram sepultados neste domingo (13) em Belo Horizonte. O velório, realizado no ginásio poliesportivo do Colégio Santa Marcelina, no bairro São Luiz, reuniu familiares, amigos, colegas de trabalho e autoridades locais.

Honras Fúnebres Militares e Culto Ecumênico

As vítimas foram veladas simultaneamente, com a presença de parentes, amigos e muitos colegas da corporação, além de outros profissionais das forças de segurança, equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e socorristas particulares. As honras fúnebres militares, com salva de tiros de festim, foram estendidas a todas as vítimas. Após o encerramento do velório, um culto ecumênico foi celebrado.

Cortejo e Sepultamento

Os corpos das seis vítimas deixaram o colégio e seguiram em um cortejo em carro aberto pelas ruas de BH. Os enterros foram realizados nos cemitérios Parque da Colina, Bosque da Esperança e Bonfim.

Despedidas Cheias de Emoção

As homenagens emocionadas de quem conheceu e conviveu com as vítimas do acidente foram realizadas junto às honrarias militares. O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho, declarou: “É agradecer ao trabalho desses seis heróis que ficarão marcados pela sua dedicação. Sem sombra de dúvidas, são seis profissionais de mais alto grau nas suas funções. É uma ferida muito grande para todos nós”.

Recordando a Vida dos Heróis

O Capitão Wilker Tadeu Alves da Silva, piloto do Arcanjo 4, tinha 41 anos e trabalhava no Corpo de Bombeiros há 17. Ele deixa a esposa e três filhos. Sua mãe, Meire Alves Ramos, relembrou: “Muito empenhado em tudo que ele fazia, muito dedicado, ótimo filho. Sempre amparou a família. Deus me deu. Ele já veio e já cumpriu todo propósito que tinha na vida dele. Eu tenho certeza que ele está nos braços de Deus nesse momento”.

O tenente Victor Stheling Schirmer, de 29 anos, atuava na corporação há mais de uma década e deixa a esposa. O sargento Welerson Gonçalves Filgueiros, de 43 anos, era militar experiente com 17 anos de farda e deixa a esposa e uma filha adolescente.

Cristiane Vieira, amiga do Sargento Welerson, disse: “A capacidade dele, não só profissional, mas humana, de atender todas as demandas, desde uma demanda mais difícil a um abraço sincero e simples. Acima de tudo amigo, leal fiel e batalhador”.

O sargento Gabriel Ferreira Lima, de 29 anos, serviu ao Corpo de Bombeiros por mais de 10 anos. Seu pai, o Coronel da Reserva, Ezequiel Silva, declarou: “Ele fazia o que gostava, o que amava. Ele tinha como um lema a alegria e se dispunha a ajudar todo mundo dentro da instituição”.

O médico Marcos Rodrigo Trindade, de 36 anos, conhecido como Doutor Rodrigo, atuava em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele deixa a esposa e duas filhas. Roberta Sá, amiga do Doutor Rodrigo, disse: “Nós somos vizinhos há aproximadamente cinco anos. Como pai o que posso falar é que ele chegava cantando, jogava bola. Aquele som de alegria, de família”.

O enfermeiro Bruno Sudário França, de 42 anos, era funcionário do SAMU há mais de 20 anos e deixa a esposa. Vaílton Oliveira, técnico de enfermagem e condutor socorrista do SAMU, afirmou: “Vai ficar a saudade da pessoa simples, humilde, trabalhadora, um cara que sempre prezou pela gentileza. Muito amado. Bruno vai deixar um legado assim, marcante para nós do SAMU, como uma pessoa diferenciada que sempre foi”.

Reações e Condolências

O Vice-Governador do Estado, Professor Mateus, lamentou a tragédia: “Nós não temos nenhuma instituição no estado que seja tão querida quanto o nosso Corpo de Bombeiros, reconhecida por cada um dos mineiros como aqueles que vem ao nosso povo num momento de dificuldade e de desespero. É muito triste a gente ter de sepultar seis heróis. É uma tragédia muito dura”.

A perda dos seis profissionais causou comoção em Minas Gerais e em todo o país. As equipes de resgate e socorro, que diariamente se dedicam a salvar vidas, agora lamentam a perda de seus colegas, que deixaram um legado de heroísmo e compromisso com o próximo.

Este é um momento de profunda tristeza para as famílias das vítimas, amigos, colegas e para toda a sociedade. É fundamental lembrar e homenagear o trabalho e a dedicação desses profissionais que, em suas missões, deram suas vidas em prol do bem-estar do próximo.

Para saber mais sobre o acidente e sobre as vítimas, acesse o site do G1 Minas e acompanhe as notícias sobre o caso.

Fonte da Notícia: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2024/10/13/vitimas-da-queda-do-helicoptero-do-corpo-de-bombeiros-sao-enterradas.ghtml

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