Guerra de Marqueteiros nos Bastidores do Debate em São Paulo
Tensão e Conflitos Marcam Encontro entre Nunes e Boulos
Clima de Conflito Durante o Debate
O primeiro debate do segundo turno das eleições para prefeito de São Paulo, realizado na Band em 14 de outubro de 2024, entre Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), foi marcado por um clima tenso nos bastidores, com acusações de descumprimento de regras e troca de farpas entre as equipes dos candidatos. A equipe de Nunes, por exemplo, reclamou com a produção da Band sobre a proximidade de Boulos durante o debate, alegando que ele estaria violando as regras, que proibiam gestos e contato físico entre os candidatos.
Marqueteiros em Duelo
Duda Lima, marqueteiro de Nunes, chegou a confrontar o mediador Eduardo Oinegue durante o intervalo, questionando a postura de Boulos. O apresentador repreendeu o marqueteiro e o mandou “não dirigir a palavra a ele”. Do outro lado, Lula Guimarães, marqueteiro de Boulos, celebrou a performance do candidato após o primeiro bloco, demonstrando satisfação com a resposta do deputado federal, que ironizou Nunes ao falar sobre trabalho, em clara referência às dificuldades enfrentadas pela população durante a pandemia.
Torcidas Afiadas e Gritos no Debate
A plateia, composta por apoiadores de ambos os candidatos, também contribuiu para o clima de tensão. A equipe de Boulos, liderada por Lula Guimarães, chegou a pedir aos seus apoiadores que vaiassem quando a equipe de Nunes aplaudisse o prefeito. Em resposta, os apoiadores de Nunes reclamaram que os adversários deveriam “respeitar também”, e o embate se intensificou com gritos como “xiu” e “cala a boca” vindos da plateia psolista. A própria esposa de Boulos, a advogada Natália Szermeta, também se queixou do barulho.
Ataques e Provocações
As provocações se intensificaram ao longo do debate. Quando Boulos questionou Nunes sobre a investigação da máfia das creches e o convidou a abrir o sigilo bancário, a plateia psolista aproveitou para gritar “abre o sigilo, abre o sigilo”. A primeira-dama Regina Nunes, presente na plateia, chegou a gritar “mais votado das penitenciárias” em direção a Boulos, em referência ao resultado da votação nos presídios, usado pela campanha de Nunes na TV para atacar o adversário.
Reações e Momentos Inusitados
O clima tenso e os embates acirrados levaram a reações e momentos inusitados durante o debate. Nunes, por exemplo, chamou atenção ao usar um spray para garganta durante o programa, alegando que o ar condicionado no estúdio estava muito forte. A candidata a vice de Boulos, Marta Suplicy (PT), se manteve concentrada e séria durante a maior parte do debate, mas comemorou quando Boulos criticou a postura de Nunes.
Equipes Avaliam Desempenho
Integrantes da campanha de Boulos, que assistiam ao debate em um espaço reservado para convidados e imprensa, avaliaram positivamente o desempenho do candidato, afirmando que ele seguiu o plano de atacar a administração de Nunes nos últimos três anos, especialmente em relação ao recente apagão.
O debate entre Nunes e Boulos foi um exemplo da acirrada disputa pela prefeitura de São Paulo. As divergências políticas e as estratégias de campanha se manifestaram tanto nos discursos dos candidatos quanto nas reações das equipes e da plateia. O resultado das eleições dependerá da capacidade de cada candidato de convencer os eleitores, mas é certo que a campanha será marcada por debates intensos e confrontos acirrados.
Fonte da Notícia: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/10/bastidores-de-debate-em-sp-tem-guerra-de-marqueteiros-e-gritos-de-mais-votado-das-penitenciarias.shtml
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