Os Irmãos Batista: Reis Midas do Setor Elétrico
Um Negócio Falido Transformado em Lucro
A Saga da Amazonas Energia: Da Crise à Garantia de Lucro
Em um cenário que se assemelha a um drama de novela, a saga da Amazonas Energia e a transferência de sua concessão para a Âmbar Energia, empresa controlada pelos irmãos Batista, culminou em um desfecho judicializado. A decisão final, tomada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), veio após uma batalha acirrada nos tribunais, consolidando um negócio que gerou polêmica e questionamentos no mercado elétrico brasileiro.
O Negócio da J&F: Uma Aposta Arriscada?
A J&F Investimentos, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, fez uma aposta ousada ao adquirir as térmicas da Eletrobras que abastecem a Amazonas Energia, uma distribuidora em situação financeira precária. O negócio, inicialmente incompreensível para muitos, ganhou contornos inesperados com a publicação de uma medida provisória (MP) que incluiu essas térmicas no programa de energia de reserva, garantindo o pagamento pela eletricidade produzida pelas usinas recém-adquiridas pela J&F, independentemente da demanda. Essa medida, porém, gerou descontentamento em outros grupos empresariais, como o BTG Pactual e a Termogás, que viram uma oportunidade perdida.
A Aneel: Uma Pedra no Caminho?
A Aneel, responsável por aprovar a transferência da concessão, se viu em uma situação delicada. O órgão precisava decidir sobre a viabilidade do negócio, que envolvia o repasse de custos para os consumidores brasileiros, antes do prazo final da MP. A Âmbar, empresa que adquiriu a Amazonas Energia, defendia a necessidade de repassar R$ 15,8 bilhões em custos nos próximos 15 anos, enquanto a Aneel buscava um valor mais baixo. O impasse levou a decisões judiciais que pressionaram a agência a aprovar a transferência da concessão, apesar das divergências e questionamentos sobre a viabilidade do negócio.
Um Negócio Controverso: Garantias de Lucro e Riscos para o Consumidor
A decisão da Aneel de aprovar a transferência da concessão da Amazonas Energia para a Âmbar, em meio a pressões judiciais, colocou em xeque o papel do órgão regulador e a proteção dos interesses do consumidor. A Âmbar, com a garantia de repasse de custos para os consumidores brasileiros, garantiu a viabilidade financeira do negócio, transformando uma empresa em crise em um empreendimento lucrativo. No entanto, a MP que incluiu as térmicas no programa de energia de reserva e as garantias de pagamento para as usinas dos irmãos Batista, podem gerar um aumento nas tarifas de energia e um ônus para os consumidores.
Os Reis Midas do Setor Elétrico: Um Sucesso Controverso
O sucesso dos irmãos Batista no setor elétrico brasileiro, com a aquisição da Amazonas Energia e a garantia de receita para suas usinas, levantam questionamentos sobre a transparência, a justiça e a viabilidade dos negócios nesse setor. O modelo de negócios, que garante lucros para as empresas e repassa os custos para os consumidores, traz à tona o debate sobre a necessidade de reavaliação dos mecanismos de regulamentação e o papel do governo no mercado de energia.
A saga da Amazonas Energia ilustra uma realidade preocupante: a concentração de poder, a influência política e a falta de transparência podem comprometer a competitividade e o equilíbrio do mercado elétrico. É fundamental que o governo e os órgãos reguladores atuem de forma transparente e eficiente para garantir a justiça e a sustentabilidade do setor elétrico brasileiro.
Fonte da Notícia: https://revistaoeste.com/economia/os-irmaos-batista-sao-os-reis-midas-do-setor-eletrico/
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