Prêmio Nobel da Paz 2024 para Grupo Antinuclear Japonês Rememora Ataques a Hiroshima e Nagasaki
Reconhecimento ao Nihon Hidankyo, organização que luta pela abolição das armas nucleares, destaca o horror vivido pelas cidades japonesas
O Impacto Devastador das Bombas Atômicas
A entrega do Prêmio Nobel da Paz deste ano à organização japonesa Nihon Hidankyo, composta por sobreviventes dos ataques nucleares a Hiroshima e Nagasaki, trouxe à tona a trágica realidade da guerra nuclear e a necessidade urgente de sua erradicação. Os bombardeios atômicos, únicos na história, causaram a morte de centenas de milhares de pessoas e inauguraram uma era de medo e apreensão em relação a essas armas de destruição em massa.
Hiroshima: “Little Boy” e seus Devastadores Efeitos
Em 6 de agosto de 1945, o bombardeiro norte-americano Enola Gay lançou a bomba atômica “Little Boy” sobre Hiroshima, no oeste do Japão. A explosão, com uma potência equivalente a 15 megatons de TNT, devastou a cidade e causou a morte de aproximadamente 120 mil pessoas, um número que ainda hoje é objeto de debate entre historiadores.
O impacto da bomba foi imediato e brutal. A intensa bola de fogo e o calor extremo, que atingiram 7 mil °C no epicentro da explosão, causaram queimaduras fatais em um raio de 3 km. A onda de choque, por sua vez, arrasou construções e soterrou pessoas, enquanto a tempestade de fogo gerada pelos incêndios resultantes da explosão causou mais mortes por asfixia.
Nagasaki: “Fat Man” e a Continuação do Horror
Apenas três dias após o ataque a Hiroshima, os Estados Unidos lançaram uma segunda bomba atômica, apelidada de “Fat Man”, sobre Nagasaki. Mais de 74 mil pessoas perderam suas vidas nesse segundo bombardeio.
Efeitos da Radiação: Um Legado de Sofrimento
A radiação liberada pelas bombas atômicas causou danos devastadores, tanto imediatos quanto a longo prazo. Os sobreviventes, conhecidos como “hibakusha” no Japão, sofreram com doenças e sintomas associados à radiação, incluindo a síndrome aguda de radiação, que se manifesta por meio de vômitos, dores de cabeça, náuseas, diarreia, hemorragia e perda de cabelo. Muitas vítimas morreram em decorrência dessa doença, que pode ser fatal em algumas semanas ou meses.
Os “hibakusha” também enfrentaram efeitos de longo prazo da radiação, como o aumento do risco de câncer de tireoide e leucemia. Estudos realizados na Fundação de Pesquisa de Efeitos de Radiação do Japão-EUA revelaram que cerca de 100 vítimas de Hiroshima e Nagasaki morreram de leucemia e 850 desenvolveram câncer induzido por radiação.
Um Legado de Luta pela Paz
Os ataques a Hiroshima e Nagasaki marcaram um ponto de inflexão na história, colocando fim à Segunda Guerra Mundial. No entanto, o legado desses eventos transcende o fim do conflito. A luta pela abolição das armas nucleares e a busca por um futuro livre de ameaças de guerra nuclear são um compromisso constante para os sobreviventes dos ataques e seus aliados.
A concessão do Prêmio Nobel da Paz ao Nihon Hidankyo é um reconhecimento importante para a luta contra a proliferação nuclear e uma inspiração para a construção de um mundo mais seguro e pacífico. A organização, formada por sobreviventes dos ataques, se tornou uma voz poderosa na defesa do desarmamento nuclear, mobilizando líderes mundiais e a opinião pública internacional para a causa da paz.
A tragédia de Hiroshima e Nagasaki serve como um alerta constante para a humanidade. A busca por um futuro livre de armas nucleares exige ações concretas de todos os países, com o objetivo de eliminar essa ameaça e garantir um futuro pacífico e próspero para as próximas gerações.
Fonte da Notícia: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/10/11/horror-indescritivel-relembre-os-ataques-nucleares-a-hiroshima-e-nagasaki.ghtml
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