Sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima, Takashi Morita, morre aos 100 anos em São Paulo
Ativista contra armas nucleares, Morita fundou a Associaçao Hibakusha Brasil pela Paz
Hibakusha: Uma história de luta pela paz
Takashi Morita, um dos sobreviventes da bomba atômica que devastou Hiroshima em 6 de agosto de 1945, faleceu em agosto de 2024, aos 100 anos. Morita, que residia em São Paulo desde 1956, dedicou sua vida à luta contra armas nucleares e à promoção da cultura de paz.
Em 1984, ele fundou a Associaçao Hibakusha Brasil pela Paz, um grupo que reunia sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki no Brasil. A palavra “hibakusha” significa, em japonês, “vítima da bomba atômica”. A organização, que chegou a reunir 270 sobreviventes no Brasil, buscava conscientizar a população sobre os horrores da guerra e a necessidade de desarmamento nuclear.
Um legado de paz e resistência
Morita, que testemunhou em primeira mão os impactos devastadores da bomba atômica, dedicou sua vida a contar sua história e alertar o mundo sobre as consequências do uso de armas nucleares. Ele realizava palestras em escolas, universidades e eventos, compartilhando seus relatos comovente e emocionantes sobre a tragédia de Hiroshima.
“Encerrou uma longa jornada de cem anos. Agradecemos muito a todos que deram forças para a divulgação de como é cruel a bomba atômica, como é inútil a guerra”, disse Yasuko Saito, filha de Morita, em seu velório.
Um exemplo de perseverança e esperança
A história de Takashi Morita é um exemplo de perseverança e esperança. Ele dedicou sua vida à busca por um futuro livre de armas nucleares, e sua história servirá de inspiração para futuras gerações que lutam por um mundo mais pacífico.
Em 2017, Morita publicou sua autobiografia, “A Última Mensagem de Hiroshima: O que Vi e Como Sobrevivi à Bomba Atômica”, um relato tocante sobre sua experiência e uma poderosa denúncia dos horrores da guerra.
Sua história também será contada no filme “Alma Errante – Hibakusha”, dirigido por Joel Yamaji, que visa homenagear a vida e o legado de Morita.
Uma luta que continua
A luta contra as armas nucleares é uma batalha que continua. A organização Nihon Hidankyo, que reúne sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, foi premiada com o Nobel da Paz de 2024 por seu trabalho incansável pela abolição das armas nucleares.
O legado de Takashi Morita, um exemplo de resistência e esperança, nos inspira a continuar a lutar por um futuro livre de armas nucleares. É preciso que as novas gerações se engajem na luta pela paz e se lembrem do que aconteceu em Hiroshima e Nagasaki, para que tragédias como essa nunca mais se repitam.
Fonte da Notícia: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/10/fundador-de-grupo-de-sobreviventes-das-bombas-atomicas-viveu-ate-os-100-em-sao-paulo.shtml
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