Técnica de teste de HIV no RJ alega uso indevido de seu nome em laudos
Funcionária do laboratório PCS Lab acusa a empresa de utilizar seu nome sem autorização em exames para o vÃrus
Denúncia de uso indevido
Jacqueline Iris Bacellar de Assis, 36 anos, técnica em patologia clÃnica, afirma que nunca realizou testes no PCS Lab, laboratório que está sob investigação por emitir laudos falsos para HIV no Rio de Janeiro. De acordo com Jacqueline, seu nome teria sido usado como “laranja” pela empresa, apesar de ela ter atuado apenas como supervisora administrativa no local.
Contraponto do laboratório
O PCS Lab rebate a acusação de Jacqueline, afirmando que ela apresentou diploma de biomédica e carteira profissional, e que assinou “diversos laudos de exames nos últimos meses”. A defesa de Jacqueline, por sua vez, nega a veracidade dessas alegações, afirmando que a técnica jamais trabalhou como biomédica e que o diploma apresentado pelo laboratório é falso.
Laudo com assinatura questionada
A assinatura de Jacqueline aparece em um dos laudos de uma mulher de 40 anos que faleceu após receber transplante de rins e fÃgado em maio, em um hospital municipal do Rio de Janeiro. Posteriormente, um dos receptores do órgão testou positivo para HIV. O laudo contém, além do nome de Jacqueline, o registro de uma biomédica. Jacqueline questiona a utilização de seu nome como “laranja”, sem ter realizado nenhum exame.
Funções de Jacqueline no laboratório
Em entrevista, Jacqueline explica que suas funções no laboratório se limitavam à conferência de laudos, para verificar a digitação e a pontuação. Ela afirma que nunca viu a assinatura em seu nome, pois o sistema era computadorizado, e apenas encaminhava os exames para os médicos do laboratório.
Exames realizados e local de trabalho
Jacqueline destaca que a unidade onde trabalhava em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, só realizava testes rápidos para HIV. Ela nunca presenciou a realização de exames mais completos para o vÃrus, mas nÃo descarta a possibilidade de outros exames serem realizados em outras filiais do laboratório. A técnica afirma ainda que o laudo que contém seu nome foi realizado em uma unidade onde ela não trabalhava.
Demissão e desabafo de Jacqueline
Jacqueline foi demitida na sexta-feira (11), após a suspensão das atividades do laboratório. Ela desabafa sobre o sofrimento que enfrenta desde que a notÃcia da contaminação de pacientes transplantados se tornou pública, recebendo mensagens de várias pessoas a humilhando. Jacqueline expressa sua solidariedade à s famÃlias atingidas pela situação.
A técnica afirma que nunca teve a intenção de prejudicar ningüém e que sua profissão é sua paixão. A denúncia de Jacqueline abre um novo capÃtulo na investigação sobre os erros de diagnóstico de HIV no laboratório PCS Lab. O caso levanta questões sobre a responsabilidade do laboratório e a proteção de profissionais de saúde que alegam serem usados indevidamente em suas funções.
Para mais informações sobre o caso, acompanhe a cobertura da Folha de S. Paulo. Entenda os riscos de erros em testes de HIV e proteja sua saúde buscando informações e realizando exames regulares.
Fonte da Notícia: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2024/10/tecnica-cuja-assinatura-aparece-em-teste-de-hiv-no-rj-diz-foi-usada-como-laranja-por-laboratorio.shtml
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