Vice-governadora do DF e ex-deputados acusados de corrupção
Ministério Público pede condenação por esquema na Câmara Legislativa
Operação Drácon: Denúncias de Propina
O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) solicitou a condenação da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e de outros três ex-deputados distritais por corrupção passiva. As acusações se referem à Operação Drácon, iniciada em 2016 para investigar a suposta negociação de propina na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Acusados e suas Cargos Atuais
Além de Celina Leão, os acusados são:
- Cristiano Nogueira Araújo, ex-deputado distrital e atual secretário de Turismo do DF;
- Júlio César Ribeiro, ex-deputado distrital e atual deputado federal pelo partido Republicanos;
- Renato Andrade dos Santos, ex-deputado distrital conhecido como Bispo Renato Andrade, atual administrador de Taguatinga.
Defesas dos Acusados
A defesa de Celina Leão afirmou que está confiante na inocência da vice-governadora e que o processo possui irregularidades que serão apresentadas. O Bispo Renato Andrade negou qualquer envolvimento com corrupção. O deputado Júlio César declarou que o pedido de condenação não reflete a verdade dos fatos e que confia na justiça. A assessoria de Cristiano Araújo não se pronunciou até o momento.
Esquema de Propina
As investigações da Operação Drácon indicaram um esquema de propina na CLDF, onde a aprovação de emendas para liberar recursos para empresas da área da saúde e construção civil, com contratos com o governo, era negociada. De acordo com o MPDFT, o esquema envolveu um montante significativo de recursos públicos, cerca de R$ 30 milhões.
Interferência na Legislação
O MP alega que os deputados envolvidos interferiram diretamente na aprovação de leis que beneficiavam o grupo. O objetivo era liberar recursos públicos para empresas que atuavam em setores como saúde e construção civil.
Condenados em 2020
O processo também inclui outros réus: Alexandre Braga Cerqueira, Valério Neves Campos e Ricardo Cardoso dos Santos, ex-servidores da CLDF. Eles foram condenados em 2020.
Foro Privilegiado e Processo Separado
Como os réus eram deputados na época, eles tinham foro privilegiado e o processo foi conduzido de forma separada.
Conclusão
O caso da Operação Drácon continua em andamento e o MPDFT busca a condenação dos acusados por corrupção passiva. O desfecho do processo judicial e a apuração das responsabilidades no esquema de propina na CLDF são aguardados. É fundamental acompanhar o desenvolvimento do caso para garantir a justiça e a responsabilização dos envolvidos.
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