Zetti coloca três goleiros brasileiros no mesmo nível de Neuer
Ídolo do São Paulo destaca qualidade dos goleiros brasileiros e critica a busca por imitar o estilo europeu
Zetti defende a tradição brasileira e coloca Alisson, Ederson e Taffarel no mesmo nível de Neuer, Courtois e Ter Stegen
O ex-goleiro Zetti, ídolo do São Paulo e tetracampeão mundial com a seleção brasileira, acredita que os goleiros brasileiros não precisam copiar o estilo europeu e que a tradição brasileira de “resolver problemas e criar problemas para o adversário” é superior.
Em entrevista ao FerRô Cast, Zetti afirmou que Alisson, Ederson e Taffarel estão no mesmo nível de Neuer, Courtois e Ter Stegen, apesar do reconhecimento do goleiro do Bayern de Munique por sua participação ativa com a bola nos pés.
Zetti critica a busca por imitar o estilo europeu
Zetti critica a tendência de goleiros brasileiros copiarem o estilo europeu, que se destaca pela habilidade com os pés. Para ele, essa busca por imitar o que acontece na Inglaterra e na Alemanha pode prejudicar a formação dos jovens goleiros brasileiros.
“Eu não deixo meus goleiros tentarem copiar o que acontece na Inglaterra. Tem (diferença) porque os goleiros, ingleses e alemães são muito bons. Desde o Petr Cech, o Neuer, Ter Stegen, Courtois… são fantásticos.”, disse Zetti.
“A visão que a gente tem é que eles sabem resolver o problema, eles trabalham muito a agilidade e poder de reação. Mas o goleiro brasileiro pode fazer tudo isso, e faz. O Alisson foi o melhor do mundo fazendo isso e algo mais. O Ederson é a mesma coisa. O Taffarel nem se fala.”, acrescentou.
Zetti defende a tradição brasileira
Zetti ressalta que os goleiros brasileiros, como Alisson, Ederson e Taffarel, têm a capacidade de resolver problemas e criar problemas para o adversário, algo que considera fundamental para o sucesso da posição.
“Eles (goleiros do passado) resolviam os problemas e criavam problemas para o adversário. Essa é a grande diferença que o goleiro brasileiro precisa fazer. O que é criar (problema)? Tem que segurar a bola, ir de frente com as mãos.”, explicou Zetti.
“O goleiro para na frente do atacante, abre os braços e as pernas e espera o chute. Se a bola bate nele, os caras falam: ‘Nossa, que defesa’. O que eu quero resgatar é que o goleiro vá com as mãos e com o olho aberto. O goleiro vira o rosto para não tomar uma bolada na cara, abre os braços e seja o que Deus quiser.”, analisou.
Zetti destaca responsabilidade em trabalho no São Paulo
Zetti, como coordenador da Escola de Goleiros do São Paulo, sente a responsabilidade de formar jovens goleiros com qualidade para o clube e para a seleção brasileira.
“Eu estudei um monte de coisa da Fifa e da Conmebol. Eu estudei goleiros do São Paulo… a gente vem do Waldir Peres, depois veio o Gilmar Rinaldi, Zetti, Rogério Ceni… a gente tentou entender o que eles goleiros têm de melhor e porque eles chegaram à seleção brasileira pelo São Paulo.”, relatou Zetti.
“Mas nenhum desses goleiros foram formados no São Paulo. Essa é a grande responsabilidade que eu tenho: entregar goleiros da base com qualidade para o São Paulo e para a seleção brasileira.”, completou.
Zetti acredita que a formação de goleiros no Brasil precisa se concentrar em desenvolver a tradição brasileira de “resolver problemas e criar problemas para o adversário”, em vez de simplesmente imitar o estilo europeu. O ex-goleiro destaca que os goleiros brasileiros têm a capacidade de fazer tudo isso e que essa tradição é um dos fatores que os torna únicos.
Fonte da Notícia: https://www.torcedores.com/noticias/2024/10/zetti-coloca-tres-goleiros-do-brasil-no-mesmo-patamar-de-neuer
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